Já
viste, filho, a floresta
Varrida
pelas tormentas?
Partem-se
troncos anosos,
Caem
copas opulentas.
Mil
árvores grandiosas
Esfacelam–se
nos ares
Tombam
gigantes da selva,
Venerandos,
seculares.
Mas
as florinhas silvestres
São
apenas baloiçadas,
Continuando
graciosas
A
tapetar as estradas.
Zune
o vento? geme a selva?
Não
sabe a pequena flor,
Que perfumando
o caminho
Compõe
um hino de amor.
Flores
silvestres!... Imagem
Dos
bons e dos pequeninos,
Que
sobre o mundo derramam
As
graças dos dons divinos.
Na
selva da vida humana
Caem
grandes, poderosos:
Arcas
repletas de ouro,
E
frontes ébrias de gozos.
Mas,
os humildes da Terra,
Dentro
da fé que os conduz,
Não
caem... São refletores
Da
bondade de Jesus.
Flores
silvestres da vida,
Não
sabem se há tempestade
De
ambições e se há no mundo
Leis
de ódio e iniqüidade.
Nos
dias mais tormentosos,
Sê, filho,
como esta flor:
Chore
o homem, grite o mundo,
Palmilha
a estrada do amor.
===
Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932